tag:blogger.com,1999:blog-87369502381023597212024-02-18T18:23:43.939-08:00Cacos para um VitralÉricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-78354715810352015822009-07-19T09:19:00.000-07:002009-07-19T09:21:56.576-07:00Sobre decidir<div align="justify"> <br /><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Até a algum tempo, eu pensava que definir fosse a ação mais difícil para o ser humano. Contudo, depois de determinadas experiências, mudei minha opinião. Realmente, as definições são complicadas e bastante relativas, mas o que, de fato, nos faz sentir pequenos demais na imensidão do mundo é uma palavra de apenas três sílabas: decidir.</strong></span></div><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong><div align="justify"><br />As decisões implicam em escolhas. Escolhas implicam em perdas, que em maior ou menor proporção, nos causarão algum tipo de sofrimento. Por isso, talvez o grande dilema do ser humano seja que, desde que temos o mínimo de senso de existência, estamos obrigados a decidir e, claro, a perder. E pior ainda, somos inteiramente responsáveis pelas escolhas que fazemos e pelos seus prejuízos.</div><div align="justify"><br />É claro que isso não nos afeta em maior grau todo o tempo e que aprendemos a lidar com as escolhas de maneira inteligente ao longo do tempo. Não obstante, a questão é quando estamos diante das decisões mais intensas da vida. No tempo em que ninguém pode ajudar ou opinar. Quando uma escolha pode mudar a sua vida inteira e te fazer virar outra pessoa.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong><br />Contudo não parece muito conveniente deixar tudo que se construiu para trás e escolher um caminho diferente, se a comodidade do estável nos seduz tanto. Por isso, muitas, muitas vezes mesmo, vamos protelando as decisões e deixando para um tempo desconhecido e remoto as escolhas que o nosso coração reclama, por medo de sofrer; e assim, nos esquecemos de que a própria indecisão já é um sofrimento real e quase uma tortura.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong><br />Na verdade, parece que sempre sabemos o que fazer, mas permanecemos imóveis, paralisados pelo medo, pelo receio, pelo terror do desconhecido. O que impressiona mais ainda é o fato de não temermos a dor que já nos aflige no tempo presente, quase física e que repete de hora em hora (ou de minuto em minuto) que existe algo urgente para ser feito.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong><br />No entanto tememos as dores de um futuro que nem existe ainda. Preferimos a dor do agora à sensação do desconhecido.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong><br />Por isso, hoje, se eu tivesse direito a um desejo, eu gostaria de poder escolher sem o fatídico medo do erro. Eu gostaria de fechar meus olhos, como que caminhando sobre uma ponte que não pode ser vista, e acreditar tão somente na plenitude de Deus. Porque se nós compreendêssemos, por apenas alguns instantes, como a presença divina nos ampara, não teríamos medo de ir a parte alguma, não teríamos medo de recomeçar ou de simplesmente dizer não. Não teríamos medo de ser quem somos.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong><br />Li um texto* há algum tempo que falava sobre felicidade. O autor diz ter ouvido o sermão de um pastor o qual contava que os insetos só percebem duas dimensões, ou seja, eles só enxergam de frente e de lado e não conseguem perceber nada acima de suas cabeças. O exemplo que o pastor usa é que se jogarmos um copo de água sobre o inseto, ele não saberá de onde veio a água, ele vai tão somente senti-la. Esse exemplo para mostra a presença de Deus nas nossas vidas. Não podemos saber de onde ou como Deus vem até nós, mas podemos senti-lo completamente, podemos ficar encharcados Dele.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong><br />Sou apenas um ser humano minúsculo nesse mundo imenso. Mas sei que, se caso eu deixar o meu medo ter menos força que minha vontade e resolver mudar tudo, sentirei a água encharcar meu corpo todo e uma voz suave a me dizer: “pode ir filho, estou contigo”.<br /><br />* Só os cafonas são felizes – Carlos Nader.</strong></span></div>Nayarahttp://www.blogger.com/profile/03545417673526254695noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-11532499961090329992009-07-15T05:40:00.000-07:002009-07-19T11:15:20.405-07:00Blog Cinza das Horas<div align="justify"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:verdana;"><span style="color:#330000;"><strong>Meus queridos!</strong><br /><strong></strong><br /><strong>Quero comunicar as vocês, meus leitores 'gatos pingados', que criei um outro blog com um estilo um pouco difereciado deste, mas com a mesma essência.</strong><br /><strong>A partir de agora vou escrever com menos frequência aqui no 'Cacos para um Vitral', mas não vou abandoná-lo.</strong> </span><br /></span></span><span style="color:#330000;"><span style="font-family:georgia;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:verdana;"><strong>É uma honra ter vocês sempre comigo!<br />Peço que me visitem no meu novo endereço:</strong><br /></span></span><br /><strong></strong></span><br /></span><br /><a href="http://blogcinzadashoras.blogspot.com/"><span style="font-size:130%;color:#3333ff;">http://blogcinzadashoras.blogspot.com/</span></a><span style="font-size:130%;"><span style="color:#330000;"><span style="color:#3333ff;"><br /></span><br /><br /><span style="font-family:georgia;"><strong></strong></span></span><br /></span><span style="color:#330000;"><span style="font-family:georgia;"><span style="font-size:130%;"><strong>Um beijo doce!</strong><br /><strong>Érica</strong></span></span></span><span style="font-family:georgia;"><span style="font-size:130%;"><br /><strong><span style="color:#330000;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></span></span><br /><strong><span style="color:#330000;"></span></strong><br /><br /><br /><strong><span style="color:#330000;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#330000;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#330000;"></span></strong><br /><strong><span style="color:#330000;"></span></strong><br /><br /></div><strong><span style="color:#330000;"></span></strong>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-76906211454329653832009-06-28T15:14:00.000-07:002009-07-01T12:34:02.599-07:00Sobre Arte!<div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Segundo o dicionário Houaiss, arte é a "produção consciente de obras, formas ou objetos voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana". </span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><br /><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Acho bonito um poema, mas, não sei pra que serve!<br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#330000;"><br /><span style="font-family:georgia;">_ Falta arte ao mundo! Se todas as pessoas soubessem a importância, tivessem sensibilidade e praticassem, não haveria tanta violência, tantas mazelas, tanto egoísmo. Todos procurariam valorizar as coisas simples da vida e não se deixariam seduzir pela vaidade. Quem sabe o valor da arte, respeita o próximo e vive em prol de um mundo melhor.<br /></span></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#330000;"><br /><span style="font-family:georgia;">_ As minhas aulas mais chatas são sobre arte. Porque não estudamos apenas as matérias úteis, como física, matemática e geografia? Ficar falando de coisas que já aconteceram no passado... Arte para mim é só isso! Humpf!<br /></span></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#330000;"><br /><span style="font-family:georgia;">_ Arte tem a ver com história. Isto porque a história se releva através da Arte e a Arte se revela através da história.<br /></span></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Arte é só um ‘hobbie’. Aliás, nem tudo que é bom para você é bom para todos. Se a arte serve pra você, então seja feliz assim. Mas para mim arte não serve para nada! Acredito no poder do dinheiro.<br /><br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Música para mim não é simplesmente para alcançar fama. Música é um conjunto harmônico composto por letra, melodia e sentimentos. O sucesso financeiro é mera conseqüência. O músico ‘mercenário’ é aquele que identifica tendências, imita estilos ao invés de se inspirar. Com isso, às vezes até impõe comportamentos, através da repetição. Já o músico ‘artista’ é aquele que se deixa levar pelas emoções, é dedicado, tem tino, dom. A música é minha vida.<br /><br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">­_ Não será por intermédio de poemas que o mundo vai progredir.<br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Sou cinéfilo! O cinema é um modo divino de contar a vida.<br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Surrealismo é a libertação dos impulsos em forma de arte. A vitória sobre a censura do subconsciente!<br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Não gosto de ler!<br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Música é sentimento exteriorizado, fruto de um momento de inspiração. Queria compor uma música. Quem não gosta de arte não tem sentimentos.<br /><br />_ A arte é vida. Pessoas que não gostam de arte são como “gado”. Não passam de um imenso agrupamento de pessoas, em torno de idéias que não foram inventadas por elas. Elas não se posicionam de forma contrária, porque não possuem capacidade intelectual, para tanto. Simplemente aceitam tudo! Tudo que está na moda, tudo o que os outros dizem que é bom! Não têm individualidade. Estão sugestionados pela massa. São “Outros”, conforme disse Manoel de Barros, em certo poema.<br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Não gosto de teatro! É tudo invenção e mentira. É muito caro, gasta-se muito dinheiro com peças teatrais. As pessoas aplaudem uma peça por mera hipocrisia.<br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">_ Sou fotógrafo! Fotografia é a "arte de escrever com a luz".<br /><br />_ Gosto de qualquer música! Na verdade, gosto mesmo é de baladas! Qualquer música em companhia da minha paquera fica perfeita.<br /></span></strong></div><br /><br /><div align="justify"><strong><span style="color:#330000;"><span style="font-family:georgia;"><span style="font-size:130%;">_ Ora, para mim, o teatro é a arte em sua plenitude. É mágico estar em um palco, é fascinante decorar textos, criar figurinos, dar vida ao personagem! Eu nasci para o teatro! Atuar é doar-se em nome de um sonho. Atuando posso ser o que quero! Sou diferente, pois sei criar, ensaiar e me orgulho de cada trabalho que faço! É como um nascedouro de um novo filho! Um filho meu! Encontro-me na arte teatral!</span><br /></span></span></strong></div><p><span style="font-family:georgia;"></span></p><p><span style="font-family:georgia;"></span></p><p><br /></p><div align="justify"><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;">(Diálogos extraídos de um grupo de debate sobre Arte que não existiu, mas que é verdadeiro).</span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;">Por </span></strong><a href="http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?rl=mp&uid=13624133650541235727"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;">Érica</span></strong></a><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;">, a sonhadora.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#000066;"></span></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#cc33cc;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#cc33cc;"></span></strong></div><p align="justify"></p><p> </p><p><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 366px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5352526806960140962" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWurz246cQhUxkWyzrw71EBduVwuqYPT8nFfFb7oqwCQiashAjRyZ7c2XvChbFh052QAXEpdULmertjYDQ9vC9EcMp_4uXChkjCUv4cFtU8mMKNxLU018bgqj_nP6tz_SJ6xPujYsfZT7A/s400/arte.jpg" /><br /></p><div align="justify"><span style="color:#000066;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#000066;"></span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#000066;"><em>A literatura foi o meu primeiro amor. Para mim, a arte vem de Deus, tem um toque divino. Tem poder de mudar vidas, já que transcende os desígnios do cotidiano e encontra forças no que há de mais bonito na alma humana. Escrevo com meu sangue, parafraseando Nietzshe. Escrevo para me encontrar. Quero que meu último suspiro seja por Deus e pela Arte. A literatura, a meu ver, é como um pequeno caco. E a arte como um vitral. Cacos juntos formam um vitral para que raios de sol por ele passem. Contas de vidro coloridas, pequenos pedaços de mim. Cacos para o vitral da minha vida. Retalhos que dão sentido à minha existência. A arte para mim é amor. Um mundo de amor em mim.</em></span></strong></div>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-10815188354334828002009-06-23T08:54:00.000-07:002009-06-27T18:17:03.888-07:00Outono (por Paulo Honório)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG9W4h1Joy9vMJ05bjxxU1WM4E5bIviBQ6DnaulyJpO99IYY8xvO6J3fqeyFh6zLshpQA-_N8Cu9Eg9ZYvZsHnnrxAcvleAJqD3cpMNv0ATUjpHT2Q1thLDX0VctHef4ribn17672m8Onh/s1600-h/girassol.jpg"></a><br /><br /><br /><div align="justify"><em><span style="font-family:georgia;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#330000;"><strong>Para a Érica,<br /></strong><br />Acho que nunca pensei nele seriamente, ou nunca no sentido de querer saber qualquer coisa dele. Ele nem é tão característico para quem vive nos cerrados brasileiros, quer dizer, até pode ser: as chuvas diminuem; os dias vão ficando menos quentes e mais curtos; o vento da tarde já trás consigo algo de frio, o verde vai dando lugar ao amarelo, ao palha; as mexericas já podem ser colhidas e o principal: a seca vai chegando devagar até se tornar ela própria o inverno e quase toda a paisagem. De qualquer forma nunca havia me atentado a ele. E ele se foi ontem ou anteontem, tal como muito de nós se perde sem ser percebido ou entendido. Foi-se o Outono, veio o Inverno, o mesmo que não me gerou, mas no que nasci. O das férias geladas de julho, dos pés frios e às vezes de meia, da fumaçazinha que sai da boca quando se vai para a escola cedinho, dos banhos corridos, dos muitos cobertores, do preguiçoso acordar, da cama quentinha e do prazer de ser aquecido. O Outono é passado e só o que resta é esse frio com o sol quente que faz com que a poeira de Brasília se torne redemoinho e também canção, beleza, morte e no fim, lá no fim dela mesma, vida. Até porque dizem que "a flor da cagaiteira não cai na poeira..." </span></span></span></em></div><br /><a href="http://paulohonorio.zip.net/">http://paulohonorio.zip.net/</a><br /><br /><br /><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;color:#330000;"></span></em></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 328px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5350570759915265394" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDNaBst5HwgPHc-06nd1Ls9Y_BN80cPf6Slv0c8Dbsq2ccffvN7ptkwWI5okL_2xhLEkvskk8OK4dAttNuCwLyY_dIteBNQ5AXhs481i_C-6yPqvpWdl9dylYHyJRA5f8l1NWU96EtH6i2/s400/outono.jpg" /><br /><br /><br /><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;color:#330000;"></span></em></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTCdEqDMe8Nx3mNPVWb2R-ShfWFASL4hDXb-8dGQXTgw_ftTijO1wC6xD74R2C48HfJaASiHNI6EqSfLxtW5HpzbNu1gl7AxQWzTaWIhzdXimJK3-VrDufnUp32VDFlGMesHiyAY4Sn4m6/s1600-h/outono.jpg"></a></p><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"><strong>Sou apaixonada pelo Outono, mas sabia que não conseguiria escrever sobre ele, como se deve, à altura de seu esplendor. Por isso, pedi ao</strong></span> <span style="font-size:130%;color:#330000;"><strong>Paulo que escrevesse sobre o outono, e como se vê, ele cumpriu essa tarefa como muito louvor... lindamente!</strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#330000;"><strong>Paulo, meu querido amigo, meu "vento solar e estrelas do mar"... obrigada pelo presente! </strong></span><strong><span style="font-size:130%;color:#330000;">Para mim você é ainda mais lindo que o outono: é meu raio de sol, meu girassol, meu vento solar e estrelas do mar... </span></strong></div>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-63672251669300271072009-06-16T12:29:00.000-07:002009-06-17T08:51:14.217-07:00Amor e Poesia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Dwn3CA75h9vDKQRmTDRUzWJcoZjbMN9D7txWP5rZUnz4bEOKWPuFDAplmqUue6LEY-aq3oTbCGqh7evclvR_DwhmlK9rCHrl8_CYsvrXp3WdIi6lFw74GzFUqq-SGrfb4Kh8wzW-PlXo/s1600-h/3523929634_9978745602_o.jpg"></a><div align="justify"><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#660000;"><strong>E o inusitado acontece. Aquela noite não prometia nada demais. Apenas iria a uma festa acompanhando uma amiga que há muito tempo vinha insistindo. Avistou-o de longe e reparou a sua beleza. O primeiro atributo a ser analisado, mas, no fim das contas, o último a ser considerado. Ele, sorridente, apresentou-se e eles descobriram afinidades. E eram tantas. De família, de gostos, de sorrisos, de carinho...</strong></span></div><div align="center"><br /></div><div align="justify"><br /><span style="color:#660000;"><strong><span style="font-family:georgia;"><span style="font-size:130%;">Veio o convite para a dança. E com os rostos colados silenciaram. A magia condensada naquele momento dispensava palavras, era para ser adorada e cultuada em silêncio, <em>“como quem ouve uma sinfonia... de silêncio e de luz.”.</em></span></span></strong></span></div><div align="center"><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#660000;"><strong>Ele tentou beijá-la, mas sentiu-se tão maravilhado pelo sorriso dela que desconsertou-se. Adiou aquele momento que minutos depois aconteceu inevitavelmente. Ele mexeu nos cabelos dela e sentiu um leve perfume. Aquela fragrância</strong></span><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#660000;"><strong> eclodiu dentro dele um breve desvario, e ele teve que conter sua impetuosa vontade de beijá-la, por completo. Ela, também atraída, aninhou seu corpo junto ao dele... sentiu tudo tão familiar. Olhos nos olhos, mãos se entrelaçando. O corpo é instrumento e o amor é poesia. </strong></span></div><div align="center"><br /><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#660000;"><strong>Não queriam se separar, mas foi preciso. Em casa ela demorou a dormir tendo em suas mãos um livro de poemas de Pablo Neruda. Ele dormiu embalado pelas carícias que o amor lhe fazia nos pensamentos. </strong></span></div><div align="center"><br /></div><div align="center"><br /></div><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;color:#660000;"></span></strong></div><div align="center"><br /><br /><br /></div><div align="center"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 268px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5348011345134026066" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAf14X-wMVxN0DsI6rdDR9BsyURzMvlFutcX-N57X5ogWU8_TJ5QQIJTve5kZvkTZNExWfG2JVgeIr406Z8qRQnBWFoZjspl2Q38vLrJE3HWLIGhlOh_5gcdqYdw0yR9agbGIAVjWTAwOB/s400/3523929634_9978745602_o.jpg" /> <p align="center"><span style="color:#330000;"><strong><em>E eles eram mais antigos que o silêncio...</em></strong><br /></span><br /></p><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><br /><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#660000;"><strong>Quando falo sobre amor, lembro de Florentino Ariza, personagem do livro “O Amor em tempos de cólera”, que demorou 53 anos para conquistar o amor de sua vida e como disse Rubem Alves, com muito encantamento, a partir de então, viveu o <em>‘tempo da delicadeza’</em>. </strong></span><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#660000;"><strong>Algumas pessoas, por outro lado, passam pela vida e não encontram o amor. Outras o encontram, mas o perdem. </strong></span><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#660000;"><strong>Existem aquelas como os personagens da pequena história que narrei, que vivem curtos momentos gloriosos de amor. Encontram o momento de amor. Amor que será colocado à prova posteriormente quando o casal passar horas e horas a fio conversando, descobrindo afinidades ou destemperanças. </strong></span><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#660000;"><strong>A beleza que foi o primeiro atributo será mais valiosa, se junto com ela vier a cumplicidade. Em verdade, existem muitas belezas, mas, a beleza da alma nunca fenece. Diferentemente da beleza física e a do sexo, que são fugazes, a </strong></span><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#660000;"><strong>beleza do amor é a mais bonita de todas. É aquela em que o casal vê nos olhos do outro, os seus sonhos e a sua própria imagem revestida com uma ternura embalsamadora. É poesia, e por isso permanece.</strong></span><br /></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;"><span style="font-size:130%;color:#660000;">Durante a dança, mais que o encontro dos corpos, houve um momento em que os sonhos se encontraram: o sonho de ser feliz, de viver uma história, de livrar-se da solidão, de estar sempre no ‘tempo da delicadeza’. Eles se amaram, e mais que isso, amaram o momento. Amaram <em>“a água implícita, o beijo tácito e a sede infinita”</em>, como muito bem escreveu Drummond em um de seus poemas.<br /></span></span></strong></div>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-79539960096987435862009-05-07T19:55:00.000-07:002009-05-31T10:44:20.214-07:00Amigos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM0P8SgIgku7pW-aDtRtZb2dlcJuiI8woj5Q6BHdpi4kWYpkK95jSReRzStlhtub_wB8HjPlPmYyhskuM5SBuv0TdDmNIvs_G3PhrQkS9batAXG4ftiBN5KeagayrLQqXc4RbJBtSfHg39/s1600-h/amigos.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 370px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5333885984735108706" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM0P8SgIgku7pW-aDtRtZb2dlcJuiI8woj5Q6BHdpi4kWYpkK95jSReRzStlhtub_wB8HjPlPmYyhskuM5SBuv0TdDmNIvs_G3PhrQkS9batAXG4ftiBN5KeagayrLQqXc4RbJBtSfHg39/s400/amigos.jpg" /></a><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBYM_2f_dLUBs1hOY8wT6gbkeORiShUVxMWQdh3Pq2Q_k4_UZUiSM2OOoGAlXIBA6dC2YRW7rFpzGExWS0lset_qX95x0vu8zBNbzpmw7nKbteq3Vzoes6ABzpu4SfNXkjmnQZD2t6n9ec/s1600-h/83646140.jpg"></a><br /><div align="justify"><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;">Eles se entendem pelo olhar<br />Inefável ternura fortalecedora<br />São intensos, divertidos e emotivos<br />Livres, mas, presos por laços espirituais<br />O tempo é testemunha<br />Ela, doce e rígida ao mesmo tempo<br />Ele, convincente e implacável</span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#330000;">Um porto seguro</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;">Amigos também são almas gêmeas<br />Eles se completam.</span></span></strong></div><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;"><br /><br /><br /><br /><div align="center"><br /><em></em></span></span></div><em><strong><span style="font-size:130%;color:#330000;">"... mas há um amigo que é mais chegado do que um irmão.” (Provérbios 18:24) </span></strong><br /></em><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><strong><span style="color:#330000;">Ela é sorridente e simpática, o encanto é instantâneo</span></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><strong><span style="color:#330000;">É cheia de graça e de amor<br />Guarda as dores (quase que só) para si<br />Juntas não sentem o tempo passar<br />Mergulham em poemas, música, arte e confissões<br />Tudo regado a vinho tinto<br />A distância não as separa<br />O reencontro sempre desperta as afinidades<br />São irmãs de coração.<br />“A distância não separabólica”.</span></strong> </span></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div align="center"><span style="font-size:130%;"><em><strong><span style="color:#330000;">"O amigo ama em todo o tempo: na desgraça, ele se torna um irmão. (Provérbios 17, 17)". </span></strong></em></span><span style="font-size:130%;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></div><div></span><strong><span style="color:#330000;">Ele é leal, cortês, um perfeito cavalheiro<br />Perseverante e dono de sentimentos nobres </span></strong></div><div><strong><span style="color:#330000;">Firme em suas opiniões<br />Eles são confidentes<br />Delongam horas com filosofias próprias<br />Respeito e confiança são marcas constantes<br />A diferença é o que se tem em comum<br />Sonham em se abraçar<br />Mais que amigos virtuais<br />Amigos de fé<br />Unidos por laços invisíveis de carinho.</span></strong><br /><strong><span style="color:#330000;"></span></strong><br /><br /><br /><br /><strong><em><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">"Azeite e incenso alegram o coração: a bondade de um amigo consola a alma.". (Provérbios 27, 9)<br /></div></span></em></strong><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><strong><span style="font-family:lucida grande;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#330000;">Esta é uma singela homenagem aos meus amigos: Saulo, Nayara e Felipe. Com carinho...<br /></span><br /></span></span></strong><div><strong><em><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></em></strong></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><br /><br /><div align="justify"></div></div></div>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-47815049410573675292009-04-24T06:19:00.001-07:002009-04-27T15:59:17.172-07:00Protegendo a cria<div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;"><strong><span style="font-size:130%;"><em>1965. Era de manhã. Ela acordou cedo porque o bebê já queria leite. Pouco mais tarde os filhos maiores acordaram um a um e já começavam os afazeres diários. Perguntaram pelo pai que há dias havia ido para o combate. Ela amoleceu o olhar e balançou a cabeça com um sinal negativo. Um estrondo ensurdecedor denunciou que aquele sossego tenso e melancólico havia chegado ao fim. Ela juntou os filhinhos e sem nenhum de seus bens empreendeu fuga. Resolveu passar pelo rio, ali, talvez não fossem atingidos pelos bombardeios americanos. </em></span></strong><strong><span style="font-size:130%;"><em>Devia haver neste mundo torpe um local onde pudesse abrigar sua cria, tapar-lhe os ouvidos, abraçá-los tão fortemente, a ponto de nenhum mal poder atingi-los. Protegê-los, niná-los, dizer que tudo estava bem... tudo aquilo era um sonho ruim! </em></span></strong></span></span></div><strong></strong><div align="justify"><br /></div><p align="justify"><br /><br /></p><p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328647630905692914" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 271px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVYhJBXjh9B3kGurXwu7BYotO8nAPk3ypE6aTO1MCVPA1CxEeEKMtL9OUoSwYb0TpOmm5iK62loTmQnag_PMJxUGyZNtcJhjMwOR5tvVPxp4WFgZ_TSw4AGXX9K_0faVeY2c1iwRG18W49/s400/untitled.bmp" border="0" /><br /></p><p align="justify"><span style="color:#330000;"><span style="font-family:georgia;"><strong>A pequena história que narrei é fruto de minha imaginação. Estou há dias observando essa fotografia e fiquei imaginando o que teria acontecido à essa pobre família, antes de chegar a essa trajetória fatídica. Muito embora a história narrada seja por mim fantasiada, os personagens são reais e eles estavam dentro de uma guerra real. Ninguém posou para essa foto, todo esse desespero estampado no rosto de cada uma das vítimas foi real.<br /></strong></span><br /></span></p><p><span style="color:#330000;"></span></p><p align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Durante dez anos, as fotografias da Guerra do Vietnã foram eventos principais nas manchetes dos jornais de todo o mundo. É que o acesso aos campos de batalha era praticamente irrestrito, e por isso, os foto-jornalistas conseguiram mostrar a guerra no seu âmago, em sua essência indolente e cruel. E foi uma guerra com muitas batalhas, não obstante o uso efetivo de armas de última geração, inclusive químicas, bombas de fragmentação e as famosas bombas de napalm, por parte dos Estados Unidos. Frise-se, que ainda assim, mesmo com todo esse acervo armamentista, os norte-americanos não obtiveram triunfo, sendo, ao final, derrotados pelos experientes vietcongs e suas táticas de guerrilha. Um espetáculo de horrores prontinho para ser registrado! </strong></span></p><p align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Não só na Guerra do Vietnã, que foi o palco das tormentas sofridas por essa família, bem assim, em todas as guerras, a covardia, o sofrimento imensurável, o sadismo, são figuras dominantes. E além dos soldados que são obrigados e convencidos a lutar em nome de uma ideologia infame, sofrem também as mulheres, as crianças e toda uma nação é destruída.<br /></strong></span></p><p align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>O meu intuito em publicar essa fotografia, que já foi inúmeras vezes publicada, em todo mundo a partir de 1965, é de ressaltar, sobretudo, o sofrimento dessa infeliz mãe de família. Coagida pelas circunstâncias a fugir de seu lar, temendo o que poderia ocorrer a seus filhos pequenos, e claro, acuada em seu próprio país, que deveria ser seu porto seguro, ela não negou o seu instinto natural de sobrevivência, e lutou como uma leoa, até mais que os próprios soldados, eu penso. Não sei como foi o final dessa história, mas o fato é que uma estória bonita, triste e bonita. E mais, nos faz repensar nossos valores e nas ideologias que os dominantes do poder podem nos incutir.</strong></span></p><p align="justify"><span style="font-family:georgia;"><strong><span style="color:#330000;">O mais lamentável de tudo é que enquanto existem mães desesperadas tentando salvar seus filhos, crianças apavoradas por não conseguirem se defender, alguns poucos honestos tentando mudar o mundo, existe alguém, do outro lado, erguendo um império próprio, particular, do tamanho da sua vaidade. E para isso, ele tem que ser insensível e egoísta. O nome dele é Senhor da Guerra. E ele ‘não gosta de crianças’. </span></p></strong></span><p></p>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-83809917643766384362009-04-14T20:52:00.000-07:002009-09-18T15:10:18.996-07:00Entre a Fidelidade e o Amor<p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="left"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Amar é ser fiel a quem nos trai, o Nelson Rodrigues é sempre sarcástico, ele coloca o dedo na nossa ferida, afinal, a fidelidade e os amores estão sempre em uma suposta guerra eterna. </strong></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="left"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Nunca vi uma definição de amor que seja mais forte, mais exigente e mais verdadeira. Um sentimento salvo de qualquer condicionalidade, salvo da armadilha da reciprocidade. Acredito que amar seja exatamente isto, uma lealdade incondicional, um comprometimento cego . </strong></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="left"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Estas são espécies de definições que tocam nossa alma. Afinal, em um contrato, quando acontece o descumprimento de uma das partes a outra fica automaticamente desobrigada de manter a sua. Amar é o reverso de tudo que julgamos normal ou natural, é <span style="mso-spacerun: yes"></span>a contestação <span style="mso-spacerun: yes"></span>de todas as convenções. É a sabotagem dos planos feitos para ninar nosso egoísmo,<span style="mso-spacerun: yes"> </span>é uma inversão de valores. Uma luta contra os mecanismos de auto-sobrevivências que imperam por milênios na existência humana. Amar não é apenas ser fiel a alguém, é ser fiel a um sentimento, um sentimento que se personifica. </strong></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="left"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Amar é mesmo diante de alguns deslizes do outro, você não pensa em se vingar e <span style="mso-spacerun: yes"></span>não o humilhe com exigências de desculpas, é quando os erros dos outros não comprometem os projetos que fizeram juntos. Amar é compreender plenamente a Teoria Heliocêntrica de Copérnico, existe outra coisa em torno do o qual meu mundo gira. . Amar é não se resignar as limitações, porém sem que isto comprometa a admiração infinita que sem tem pelo outro.</strong></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify" align="left"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Fidelidade e amor parecem ser palavras quase sinônimas para o Nelson, talvez mais, amor e verdade. Não posso discordar dele, acredito que toda verdade tem um núcleo de amor e todo amor pode ser tomado com um modelo atômico de milhares de afetos girando em torno de um núcleo de verdade.</strong></span></p><br /><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify"><o:p><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></o:p></p><br /><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify"><o:p><strong><span style="color:#330000;"></span></strong></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-91128988541473071352009-04-14T20:31:00.001-07:002009-04-15T08:55:21.565-07:00Minha pequena Ditadura das novidades<p class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>É madrugada, deveria estar dormindo, é o que a maioria das pessoas fazem agora. Sinceramente fazer o que a maioria das pessoas fazem <span style="mso-spacerun: yes"> </span>é coisa que nunca me encantou. Ficar com a<span style="mso-spacerun: yes"> </span>maioria é estar amordaçado ao convencional. Não suporto rotinas, preciso de coisas novas, minha liberdade não admite algemas. Estar <span style="mso-spacerun: yes"> </span>com a maioria pelo menos nos sistemas democráticos significa vencer, mas, nem mesmo o sabor doce das vitórias me ilude. Não que seja íntimo das derrotas, pelo contrário, minha vida é a demonstração clara que derrota alguma pode me vencer. </strong></span></p><p class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:georgia;"><strong><span style="color:#330000;"><span style="mso-spacerun: yes"> </span>O fato é que vivi quase toda minha vida fazendo coisas que deram errado, <span style="mso-spacerun: yes"> </span>me orgulho disto, e que me tornando<span style="mso-spacerun: yes"> </span>amigos dos meus erros, eles <span style="mso-spacerun: yes"> </span>me<span style="mso-spacerun: yes"> </span>educaram para errar,<span style="mso-spacerun: yes"> </span>penso que<span style="mso-spacerun: yes"> </span>isto tenha sido a coisa mais certa<span style="mso-spacerun: yes"> </span>que fiz na vida, preparar-me para errar. </span></strong></span></p><p class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Preparar-me<span style="mso-spacerun: yes"> </span>para errar <span style="mso-spacerun: yes"> </span>foi a forma que dominei a minha necessidade pelo original. Pessoas que temem errar não arriscam, não tentam coisas novas, ficam aprisionados ao passado. <span style="mso-spacerun: yes"> </span>A criatividade nasce desse destemor do fracasso, quem teme fracassar,<span style="mso-spacerun: yes"> </span>cumpre rotinas, segue manuais, faz da vida uma receita de bolo, não cria. Dar à luz coisas novas e colaborar com Deus na sua tarefa em nos presentear com a diversidade, <span style="mso-spacerun: yes"> </span>é tarefa de quem não tem medo do fracasso e compromisso com o eternamente novo. Habita em mim uma obsessão, <span style="mso-spacerun: yes"> </span>de deixar impregnado nas coisas um cheiro de originalidade. </strong></span></p><p class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Se existe uma coisa que mais nos torna humanos é a capacidade de inventar e reinventar. Coisas nunca sonhadas, desejos que possam voar, diálogos em línguas que não existiam ainda, amores pescados vagando pelos ares, lágrimas por dores que não existem . Eu penso como o Pessoa “o inventor é um fingidor”. </strong></span></p><p class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Eu sou como o Manoel de Barros </strong></span></p><p class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:georgia;"><strong><span style="color:#330000;"><em>“<span class="apple-style-span"><span style="LINE-HEIGHT: 115%; Verdana: ">Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta o lápis, que vê a uva etc. etc.</span></span></em></span></strong></span><span style="LINE-HEIGHT: 115%; Verdana: "><span style="font-family:georgia;"><strong><span style="color:#330000;"><em><br /><span class="apple-style-span">Perdoai.</span><br /><span class="apple-style-span">Mas eu preciso ser Outros.”</span><?xml:namespace prefix = o /><o:p></o:p></em></span></strong></span></span></p><p class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Pessoas diferentes dizendo as mesmas frases significam coisas novas. Eu sou um obsecado pelo sempre novo. A definição de paraíso para mim seria isto “uma maravilha sempre nova, instante a cada instante para toda eternidade”. A palavra evangelho significa boa nova, <span style="mso-spacerun: yes"> </span>só um ser divino usaria uma palavra destas, afinal, uma coisa começa a deixar de ser boa na medida que deixa de ser nova.</strong></span></p><p class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Esta eterna novidade, que o Pessoa<span style="mso-spacerun: yes"> </span>conclama, faz de nós seres novos. Os atores medievais <span style="mso-spacerun: yes"> </span>eram <span style="mso-spacerun: yes"> </span>impedidos de serem enterrados em cemitério públicos, acreditava-se que eles só poderiam ter pactos demoníacos, afinal, como alguém poderia ser ele mesmo e ao mesmo tempo ser "Outros".</strong></span></p><p class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Este é meu desejo, queria um cemitério que fosse só meu , “e que eu preciso ser outros ...”</strong></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-41860881200338331542009-04-10T18:37:00.000-07:002009-04-15T09:02:31.556-07:00Os versos que te fiz<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVFJIpkts7o_mkWoR4jKB6GAa0LnzqiFlVXoQpSTg08WOMUSnHh5dihfcVhA1caD_W7AfapvNH50GFwK_X0bIr1RpfMMNiJ98tqGTB3G40T5YUq2Idt_HCp5t1qoOifTjPNPmQbHmgbruX/s1600-h/85573187.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324948351975754514" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 357px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVFJIpkts7o_mkWoR4jKB6GAa0LnzqiFlVXoQpSTg08WOMUSnHh5dihfcVhA1caD_W7AfapvNH50GFwK_X0bIr1RpfMMNiJ98tqGTB3G40T5YUq2Idt_HCp5t1qoOifTjPNPmQbHmgbruX/s400/85573187.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijIRvjKx_bnxOENf-3krPPF9GasBZTTBlcUkQP8VkSUH4UbBI5EqPGSorNyE5nFXtSqVpZmyTWmBwphZI4MliEBngdXlc-tbsDisVNCsBls31SY4w55ygEgdKiwcqyoI4n4pGx9zy76YYl/s1600-h/85573187.jpg"></a><br /><br /><div><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Deixa dizer-te os lindos versos raros </strong></span></div><div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Que a minha boca tem pra te dizer!</strong></span></div><div><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>São talhados em mármore de Paros</strong></span><br /></span></div><div><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Cinzelados por mim pra te oferecer.</strong></span><br /><br /></span></div><div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Têm dolência de veludos caros,</strong></span></div><div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>São como sedas pálidas a arder...</strong></span></div><div><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Deixa dizer-te os lindos versos raros</strong></span><br /></span></div><div><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Que foram feitos pra te endoidecer!</strong></span><br /><br /></span></div><div><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...</strong></span><br /></span></div><div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Que a boca da mulher é sempre linda</strong></span></div><div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Se dentro guarda um verso que não diz!</strong></span></div><div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><br /><div><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Amo-te tanto ! E nunca te beijei...</strong></span><br /></span></div><div><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>E nesse beijo, Amor, que eu te não dei</strong></span><br /></span></div><div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Guardo os versos mais lindos que te fiz!</strong></span></div><br /><div><strong><span style="font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div><strong><span style="font-size:130%;color:#330000;">(Florbela Espanca)</span></strong></div></div>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-82073033473963979142009-03-25T16:26:00.000-07:002009-06-21T08:17:21.696-07:00Da Vaidade<div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;"><strong><span style="color:#330000;"><em>“A vaidade é definitivamente meu pecado predileto”</em>. </span></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Sentenciou o diabo, interpretado com maestria por Al Pacino, no filme “O advogado do diabo”. O filme relata com muita riqueza o que uma pessoa é capaz de fazer para satisfazer a sua vaidade, o seu orgulho, e notadamente, a vontade do homem de possuir poder e os sacrifícios que faz para tê-lo. </strong></span></div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;"><strong><div align="justify"><br /><span style="color:#330000;">De ver-se que a vaidade é um adjetivo oscilante, ou seja, é como uma moeda, logo, pode ser vislumbrada por dois lados. O primeiro é bom, é a vaidade saudável, a vontade de querer se sentir belo, de buscar um ideal, vencer na vida. Poder-se-ia dizer, talvez, que ela é compatível com a dignidade, que é um direito universal, já que todos possuem gostos e talentos próprios e querem satisfazê-los. Vem do amor próprio, do sonho.<br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;">Agora a outra face da moeda é um tanto perigosa. É a vaidade figurando-se como um grave pecado capital, evidenciada na busca pelo poder. No entanto, esta busca é revestida de cobiça, é inescrupulosa. É a auto-estima doente, é a necessidade viciada de buscar todas as atenções, trazer todo o poder para si.</span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#330000;">Talvez a vaidade seja um pecado que graça sobre toda a humanidade. Tanto que já ouvi várias vezes que ‘se quiser conhecer uma pessoa dê poder a ela!’. E é por isso que é preciso ter muita cautela. Cautela para com os meios para satisfazer a vaidade e para não se ludibriar demais com os luxos que o dinheiro trás. Cautela para com a vaidade e suas diversas dimensões, a vaidade da beleza, do dinheiro, da sabedoria e do poder. </span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;">Um exemplo clássico é encontrado na Bíblia. Adão foi o primeiro homem a entregar-se à sua vaidade. Depois que Eva foi convencida pela serpente a juntar-se a seu companheiro e comer o fruto proibido, o pobre Adão não resistiu aos apelos da mulher. Não obstante possuísse o poder de desfrutar do Jardim do Édem, de sorte a comer todos os frutos de qualquer uma das árvores, a exceção daquele proibido pelo seu Criador, Adão foi desobediente, e invejoso até, não negou a sua condição humana e deu-se por insatisfeito, infrigindo a ordem divina. Desejou mais. Imaginou que se comesse o fruto proibido tornar-se-ia deus, e logo, conhecedor de todo bem e todo mal. O preço pela sua vaidade foi a expulsão do paraíso. </span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#330000;">Muito embora tenha sido o primeiro homem a render-se à sua vaidade, Adão não foi o último. É que a vaidade existe também em vários níveis de moderação. Quem assistiu ao filme “O Senhor dos Anéis” se lembra da inquietação que pairava sobre qualquer um que se aproximava do anel. É que aquele que o possuísse seria senhor uno e absoluto de toda a Terra Média. Diante daquele pequeno objeto, olhos saltitantes de desejo brilhavam, e o pior, a mera possibilidade de possuir o anel, causava transformações passíveis de delírios. </span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"><br /></div></span><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#330000;">E mesmo dentro dos corações mais nobres, às vezes a vaidade consegue transparecer-se, eu diria que como uma ‘pitadinha de pimenta’, uma ‘alfinetada’. Não raro conhecemos pessoas extrovertidas, inteligentes, detentoras de uma retórica impecável. Todos os olhares se voltam para ela! Entretanto, pode ser que no fundo de si, reine uma profunda insegurança fruto de algum trauma trazido da infância ou adolescência. Talvez sentir-se admirado seja uma arma para amenizar uma eventual chaga do coração.<br /><br />Isso tudo me lembra a afirmação muito acertada de Jonathan Swift: <em>"Repetem-nos na escola: 'A vaidade é o prato dos parvos'. Mas os sábios também condescendem em comer dele muitas vezes."</em></span></strong></span><em><span style="color:#330000;"><br /></span></em></div>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-22381540390923698782009-02-11T12:04:00.000-08:002009-02-15T16:05:51.380-08:00Da Solidão<div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>“Para me amar é preciso amar primeiro a minha solidão”. Rubem Alves escreveu esta frase no conto “Barbazul”, um dos textos do livro “Cantos do Pássaro Encantado”. Quando li me senti emocionada, como que minha alma fosse acariciada.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong><br />Pois bem. Nesse texto, o grandioso Rubem Alves narra a história de Barbazul, um homem de muitos amores e que só permitiu que uma mulher adentrasse em sua vida com plenitude, quando descobriu que ela o respeitaria em seus momentos de solidão. Respeitaria os momentos em que ele ficasse a sós com seus discos e filmes. Quando ele quisesse parar e refletir sobre a vida ou apenas admirar o nascer do sol ou a calmaria de uma tarde no campo. </strong></span></div><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong><div align="justify"><br />Mas o fato é que esse texto veio corroborar o que eu há muito já acreditava e sonhava para minha vida. O “Barbazul” me fez refletir sobre os relacionamentos que tenho presenciado. Às vezes, as pessoas não são movidas pelos ciúmes do parceiro, em virtude do medo de sabê-lo nos braços de outrem. Mas é o medo da felicidade do parceiro que as invade por completo. Medo de sabê-lo feliz lendo um livro, de saber que existem amigos que o divertem ou que outras pessoas possam sentir o brilho do seu sorriso, do mesmo modo que ela o percebeu. Medo da atenção compartilhada, de imaginar mesmo de longe, que ela pode estar feliz através de outros meios que não seja a sua companhia.</div><div align="justify"><br />Ou ainda, por outro lado, o desrespeito em relação aos momentos de tédio que todos passam. Aqueles momentos em que o parceiro fica taciturno, mergulhado em perguntas sem respostas, avesso a festas e comemorações.</div><div align="justify"><br />Talvez seja a partir desse ponto que o relacionamento vai mitigando. Pelo desrespeito à individualidade do outro, e, notadamente pelo desrespeito à sua solidão. Solidão esta que deve ser enxergada como algo positivo, e não como um fardo, já que é temida pela maioria das pessoas. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Ora, alguns preferem se curvar a um relacionamento frustrante e tormentoso a imaginar-se sozinho. É o pior de tudo é não saber que a pior sensação não é estar desacompanhado, mas sim, estar só, pesadoradamente só, em meio a multidão. Estar só mesmo acompanhado e temendo estar desacompanhado por não se suportar. É a sensação de se sentir “uma prateleira repleta de frascos vazios”, como acertadamente escreveu Fernando Pessoa. </div><div align="justify"><br /> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Mas, com efeito, devemos admitir que atravessamos a vida toda sozinhos. Nascemos e morremos sozinhos. Nunca teremos certeza se alguém nos acompanhará pela vida toda. Então, o ideal é aceitar a solidão como algo inerente à nós mesmos, e a partir desse raciocínio, buscar realizar nossos sonhos e resolver as adversidades com garra, sem depender tanto dos outros, na medida do possível, é claro. </strong></span></div>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-3134408657433419672009-02-04T07:54:00.000-08:002009-04-26T13:42:46.819-07:00Sobre certezas e dúvidas<p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Vivemos sob o reino das certezas e é esse legado que a ciência moderna tem nos deixado sobre o mundo. <span style="mso-spacerun: yes"></span>Nunca soubemos mais sobre mundo do que sabemos agora. Sabemos de que elementos são constituídos todo e qualquer material, quantos anos tem o universo e que o mesmo está em expansão acelerada.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Sabemos que existem 17 bilhões de insetos para cada pessoa. Mas, será que saber tudo isso nos orgulha? Tudo porque somos os únicos animais com a capacidade de refletir sobre nós mesmo?</strong></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"><strong>Ora, as nossas certezas são currais onde as preocupações ficam presas. É que presas elas não oferecem perigo e não saber é muito angustiante.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Um turbilhão de questionamentos nos inquieta nossa vida tão frágil. A que horas os ônibus vai passar? Eu aplico na bolsa ou compro imóveis? Fazemos uma viagem ou nos divorciamos? </strong></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-family:georgia;color:#660000;"><strong><span style="color:#330000;">Contudo, a certeza nos engessa, nos algema em eternas rotinas, afinal, por que mudar, se desse modo, tudo vai terminar bem? As certezas nos amaldiçoam ao criar padrões para o nosso cotidiano, fazendo da nossa vida uma equação matemática chata.</span> </strong></span></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: justify"><strong><span style="color:#660000;"><span style="mso-spacerun: yes"></span></span><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Saber, ter certezas, nos faz sentirmos seguros e nos ajudam a fazer planos. Certezas nos deixam navegar num oceano calmo livres das tempestades da dúvida. Certamente um homem cheio de certezas dorme bem melhor à noite, mas, um homem cercado de dúvidas vive bem melhor durante o dia.</span></strong></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN-BOTTOM: 12pt; TEXT-ALIGN: justify"><strong><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;">Em 1927, <span class="apple-style-span">Werner Heisenberg,</span> o controverso físico alemão, talvez o maior depois de Einsten, postulou o “Princípio da Incerteza”, uma idéia segundo a qual <span class="apple-style-span">é impossível medir simultaneamente e com precisão absoluta a posição e a velocidade de uma partícula, isto é, a determinação conjunta do momento e posição de uma partícula. Este princípio teve repercussão filosófica enorme, pois rompia com a idéia determinística de mundo e nos introduzia num mundo probabilístico, onde acontecimentos tinham apenas grandes possibilidades de se realizarem, mas, era impossível sermos envolvidos pela certeza. Heisenberg nos devolveu a emoção de viver. Nos colocou de novo no mesmo sentimento do homem das cavernas, nos trouxe de volta a vocação humana de navegarmos num mar de imprecisões e erros, nos chamou de volta ao nosso corpo o espírito do qual nos tornou o que somos, qual seja, seres atormentados pelo imprevisível. <?xml:namespace prefix = o /><o:p></o:p></span></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN-BOTTOM: 12pt; TEXT-ALIGN: justify"><span class="apple-style-span"><strong><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;">Ter dúvidas nos move, nos faz buscar soluções. Ter dúvidas faz criar caminhos. Duvidar faz a nossa vida miserável e monótona valer a pena. Quem tem dúvidas não se paralisa. Sócrates tinha horror a certezas, por isso sempre declarava que a única coisa que sabia e que não sabia nada.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Não me estranha o oráculo de Delfos ter declarado ele o mais sábio dos homens. <o:p></o:p></span></span></strong></span></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN-BOTTOM: 12pt; TEXT-ALIGN: justify"><span class="apple-style-span"><strong><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;">A dúvida nos premia com pureza de intenções, pois sem certezas o espírito julga sem pressões ou preconceitos.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>O <span style="mso-bidi-font-style: italic">Humberto Gessinger, líder e letrista da banda</span> “Engenheiros do Hawaii” pensa de forma semelhante a minha, pois escreveu em uma das suas canções. <i>”</i> Eu posso estar correndo pro lado errado, mas a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza.”<o:p></o:p></span></span></strong></span></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN-BOTTOM: 12pt; TEXT-ALIGN: justify"><strong><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;"><span class="apple-style-span">Termino este texto com muitas dúvidas sobre escrever mais sobre isto. Tenho uma certeza e é a mesma de </span>Descartes, o “pai de um método científico”, esse tipo de questionamento lhe assombrava. “A dúvida nos possibilitava um núcleo de certeza... Se duvido, penso”</span></span></strong></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-61684647695200046252009-01-13T06:00:00.000-08:002009-04-10T19:32:57.941-07:00A beleza da dor<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNSc00dNvXPuvAJV8VKKcVe9PHYIk61ywvS-z1PdvUxP7qTYbJ42E39a74kfOCAFEhNKoec_i4cSv9vshIKp5VEdMh434j0GS-559mv7B-yyczFTeCOdypqpQ7E9mr5RLKxCdTzgp2HVBh/s1600-h/morte.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290778791633723218" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 216px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNSc00dNvXPuvAJV8VKKcVe9PHYIk61ywvS-z1PdvUxP7qTYbJ42E39a74kfOCAFEhNKoec_i4cSv9vshIKp5VEdMh434j0GS-559mv7B-yyczFTeCOdypqpQ7E9mr5RLKxCdTzgp2HVBh/s400/morte.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"><br /><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Em 2001, Erick Refner ainda um estagiário no Jornal <em>Berlingske Tidente </em>da Dinamarca, resolveu cobrir a situação dos refugiados do Afeganistão, que à época era pouco comentada. </strong></span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Conforme contido em seu próprio depoimento, o jornalista esteve em um campo de refugiados perto da cidade paquistanesa de Peshawar, próximo à fronteira com o Afeganistão, onde permaneceu por aproximadamente duas semanas. Ali havia cerca de 90 mil refugiados, tanto por conta da situação política, quanto pela seca no norte afegão.<br /></div></strong></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Certo dia, soube que havia morrido um menino de um ano de idade no campo. </strong></span><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>A família, então, foi à barraca da “ONG Médicos Sem Fronteiras” e solicitou um abrigo branco e uma lápide.<br /></div></strong></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>De acordo com a tradição, são os homens que preparam o corpo do infante para o sepultamento. Neste caso, era o pai do bebê, o irmão e uma irmã. São estes os braços que dá para ver na imagem.</strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Naquela ocasião, Erick após dar os pêsames à família, perguntou se poderia tirar fotografias. </strong></span><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>E assim agiu o fotógrafo. Não obstante o fato de se encontrar em uma situação difícil, já que a família estava muito emocionada e ainda podia-se ouvir mulheres chorando em outras tendas, Erick Refner obteve êxito em seu propósito, sem ser hostil aos sentimentos daquela infeliz família.<br /></div></strong></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Posteriormente ao término do preparo do corpo, todos saíram da tenda e os homens o carregaram por cerca de 2 km para um cemitério fora do campo. </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>A foto foi a vencedora do <em>World Press Photo</em> de 2001. </strong></span><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Os juízes do <em>World Press Photo</em> descreveram a imagem como “simbólica e icônica”. </strong></span><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>E de fato é uma imagem muito marcante. Simples, mas, dotada de muita força. </strong></span></div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>De acordo com os dizeres do próprio Erick Refner: <em>“Tem o grande contraste entre o manto branco e os braços escuros. A criança parece ter um pequeno sorriso no rosto, como se finalmente tivesse conseguido ir a um lugar melhor.Também tem o fato de que são pessoas de mais idade enterrando uma criança, deveria ser o oposto. Tem muito simbolismo nesta imagem. Tudo isso a torna muito poderosa.”.</em><br /></div></strong></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Mas a Fotografia, como arte, realmente tem esse poder. Captar o sentimento do momento. Demonstrar que uma cena pesadoradamente triste pode ser enxergada, com a captura daquele momento fatídico, como algo dolorosamente belo. É que a beleza também existe nas situações tristes. Como certa feita proferiu Pierre August Renoir: <em>“A dor passa, mas a beleza permanece.”</em>. </strong></span></div>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-10485967729546561452008-11-19T17:13:00.000-08:002009-04-10T19:29:10.900-07:00Sobre o Apego e o Desapego<div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Tenho certo apego ao passado. Por alguns momentos tenho esse fato como uma fraqueza, por ser irreprimível. Por outros momentos, no entanto, considero como uma virtude, pois indica que parte da minha estória de tão especial, tornou-se inesquecível. </strong></span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>É verdade que é bom ter recordações, principalmente no tocante aos momentos felizes e inusitados, aqueles em que parecemos ser protagonistas de um bom filme. É fato também que existem pessoas notadamente marcantes e que às vezes passam por nossas vidas por pouco tempo, eu diria até poucos dias ou poucas horas, mas que nos tocam profundamente, acariciam nossa alma como um bálsamo, e depois se vão. E depois se vão. Seguem peremptoriamente os seus destinos. </strong></span></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;color:#330000;"></span></strong><br /> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>E o que fica são lembranças, a saudade. Ah, saudade! Aquela saudade traduzida pela ausência do toque das mãos, que pelo menos fisicamente, deixam de se encaixar. Saudade de não sentir o ritmo da respiração da pessoa querida ou movimento dos lábios quando ela sorri.<br /></div></strong></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Isso tudo é “Coisa da Alma”, lembrando palavras do Grande Rubem Alves. Eu, inspirada pelo mesmo escritor, mas sem ousar ter o mesmo brilho e maestria, diria que existem pessoas que são ligadas por ‘laços espirituais’. Percebo que a vida às vezes nos distancia de pessoas que amamos em face de circunstâncias e vicissitudes diversas, porém, é interessante como que os laços ressurgem com os reencontros. Parece que a vida, depois de um tempo congelada, retoma o seu ciclo rítmico e aquela sensação de intimidade, de cumplicidade vem à tona. Pessoas queridas são sempre queridas!<br /></div></strong></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>A saudade e o passado são como espectros a nos inquietar o sono, grosseiramente comparando. E é por isso que o passado evidencia-se tanto como triunfo ou como uma ferida aberta que teima em não se cicatrizar.<br /></div></strong></span><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Por outro lado, é fato também que o passado não pode nos assombrar. Não pode impedir que tenhamos outras aventuras ou apostemos em outras relações. Este tema muito me lembrou o poema de Mário Quintana, chamado “Canção do Dia de Sempre”. Nele, o poeta preconiza que é preciso viver cada dia de uma vez. Como as nuvens do céu. É preciso também dar chances às pessoas e não ficar comparando umas com as outras. <em>“Sempre é outro rio a passar. (...) Tudo vai recomeçar!”<br /></div></em></strong></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Com efeito. É preciso observar os sinais que a vida nos dá, saber quando uma etapa chega ao final, renovar. As lembranças necessitam ficar no coração, como pedaços de nós mesmos que se perderam... O coração cuidará bem delas, afinal, é tudo ‘coisa da alma’, são os ‘laços espirituais’...<br /></div></strong></span>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-55552441271697534482008-11-07T05:35:00.001-08:002009-01-05T07:25:49.464-08:00Companhia<div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;"><br /><span style="color:#330000;"><strong>Nunca me esqueci de uma frase que disse minha professora de literatura do colegial, certa vez, em uma aula: “Sou a minha melhor companhia”. Em um primeiro momento, poderemos pensar, ao ler essa frase, em apologia à solidão ou, até mesmo, ao egoísmo. No entanto, se pararmos para pensá-la em profundidade descobriremos uma realidade intrínseca à vida humana e da qual não podemos fugir.<br />É verdade que fazemos amigos. É verdade que a família é um bálsamo. E ainda, que temos relacionamentos amorosos intensos, e muitas vezes, maravilhosos. Mas, verdade mais intensa ainda é que cada um deve seguir o seu caminho.<br />Claro. Ninguém pode ficar estacionado, parado no tempo a espera de um desfecho para a vida. Todos abraçam diferentes destinos. Os amigos, nós os guardamos com carinho, com extremo amor, sempre nos lembrando de sua doce “companhia”. Contudo, não podemos tê-los todo o tempo. Fazemos novos, preservamos os antigos. Lembramos com doçura eterna. A família, que é nosso abrigo e consolo, também não estará para sempre a nossa disposição, pela separação natural que o tempo exige.<br />E os relacionamentos amorosos? Ah os relacionamentos... Quanto nos custam. Podem ser magníficos. Apesar disso, não podemos esperar que haja alguém no mundo que nos complete, e, aliás, como tantos defendem, alguém que seja obrigado a nos suportar eternamente.<br />Em outras palavras, a única pessoa que conviveremos o tempo todo somos nós mesmos. E por mais incrível que pareça, algumas pessoas não toleram ficar, nem por instantes, sozinhas. Não suportam a própria companhia. Muito triste. Um verdadeiro desencontro. É preciso que gostemos, sobretudo, da nossa companhia, de quem somos.<br />Portanto, não perca tempo buscando prender as pessoas ou impondo sua presença. Ao contrário. Cuide-se. Ame-se. Leia bons livros, poemas, ouça música. Faça cursos que gosta, aprenda continuamente. Estimule sua inteligência, faça valer a pena ser você mesmo. Seja uma companhia agradável a si próprio. E então muito mais gente gostará de estar ao seu lado, gozando da sua presença.<br />Se formos doces com as palavras, gentis e educados mesmo estando sozinhos. Se formos capazes de deixar transparecer o melhor de nós, então, com certeza, mesmo não estando lado a lado, estaremos no pensamento de quem nos ama. Seremos desejados.<br />Sim. Também eu sou minha melhor companhia. Gosto dos meus pensamentos, e gosto de analisar meu jeito de agir. Gosto de ler livros, de comentá-los comigo mesma. Gosto de ser eu. E isso falta à maioria das pessoas, infelizmente. Temos tantos modelos a seguir que, às vezes, nos esquecemos de nós. O essencial é cuidar-se sempre. Amar-se interiormente. Ser uma agradável companhia, ainda que não haja ninguém por perto.</strong></span></span></div>Nayarahttp://www.blogger.com/profile/03545417673526254695noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-73348238275157185312008-11-04T17:11:00.000-08:002008-11-07T06:09:37.269-08:00Sobre dons e talentos<div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Todos nós fomos agraciados com dons, talentos e gostos próprios.<br /></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>Outro dia, tirei uns minutos da minha tarde e sentei-me para assistir um pouco do programa de televisão que minha mãe acompanha. O tema concentrava-se no fato de certas pessoas gostarem de dançar, se vestirem de forma extravagante e adotarem posturas nem sempre convencionais. Tais fatos incomodaram outras pessoas e foram estas que estavam no programa. </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>A finalidade era discorrer sobre o descontentamento com a postura daquelas.<br /></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Parei para pensar. Ser um pouco diferente do convencional incomoda, não? Tanto que para certas pessoas é intolerável estar numa pista de dança e não saber dançar, enquanto outras têm aquela leveza de pluma. Tanto que para algumas pessoas é indisfarçavelmente insuportável saber que vai chegar na turma aquela pessoa que sabe contar piadas e diverte todo mundo. Ou aquela que sabe poemas, demonstra interesse em discutir política ou sabe todas as atualidades com destreza.<br /></span></div></strong></span><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>O que me intrigou nessa postura pessimista é saber que pessoas insatisfeitas com a postura da outra, percam tanto tempo se preocupando em como o outro dança, se veste ou nos assuntos que gosta de conversar. E o mais curioso é que em contrapartida, a pessoa objeto das inquietações, a seu turno, continua do mesmo jeito, dançando, sorrindo e cantando, mergulhada em si própria, pouco importando se está agradando ou desagradando. O formidável pra ela é sentir-se solta, é mostrar-se entregue a seus desejos, livre dos olhares curiosos e vigilantes daqueles que são escravos das normas de conduta e etiqueta.<br /></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Cada um, em verdade, foi agraciado por Deus com dons e talentos próprios. O ideal seria não maldizer a conduta alheia. A meu ver, já que não se tem facilidade para dançar, o melhor é optar por outra programação, ou estando ali naquele ambiente, faça algo diferente para ser admirado, atrair a atenção alheia. Quem não sabe cantar, dançar, pode conversar brilhantemente, pode escrever um belo texto ou fazer-se admirar pela sua cordialidade e gentileza. Salve a simpatia, que muito embora seja a mais antiga, continua sendo, por excelência, a melhor arma de qualquer pessoa.<br /></span></div></strong></span><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>O mais significante de tudo é saber que não é preciso usar máscaras para chamar a atenção. O importante é assumir-se, vestir-se conforme seus próprios desejos, entregar-se rasgadamente a seus sonhos, aspirações e comportar-se da forma que se sente melhor. Já vi tantas pessoas dizerem pomposamente que adoram beber whisky, mas fica ali, com um copo a noite toda, com o temor de deixar transparecer alguma careta (!!!).<br /></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"><strong>E assim são alguns fatos da vida e assim são alguns detalhes que fazem tudo tão diferente e as pessoas tão especiais de serem percebidas... é que todos temos dons e talentos muito peculiares...</strong></span></div>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-86021878319988685772008-10-22T04:42:00.000-07:002008-11-07T06:11:27.454-08:00Quando o simbolo muda de Casa<p class="MsoNormal" style="TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;"><span class="Apple-style-span">É impressionante como tudo, como diria Lavousier, se transforma. As coisas não morrem elas apenas mudam de casa, os símbolos mudam de casa, cada vez me convenço disso. Perdi meu avô ha pouco mais de um mês e a dor dessa ausência definitiva é desesperadora no início,</span><span style="mso-spacerun: yes"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span"> </span></span></span><span class="Apple-style-span">mas, o tempo funciona como um anestésico lento, que não alivia a dor, mas a distrai.</span></span></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;"><span class="Apple-style-span">Ele era velho, morava sozinho e passava horas do dia sentado na sua varanda, eu</span><span style="mso-spacerun: yes"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span"> </span></span></span><span class="Apple-style-span">o via pouco, mas, sempre que ia a Lagamar o visitava. Pedia a benção, fazia algumas brincadeiras e me sentava ali do lado dele, ele tinha a bíblia na mão quase sempre, eu ficava ali do seu lado e ele lia longos trechos para mim, na verdade eu não me preocupava em entender nada eu só queria me mostrar interessado em ouvi-lo, no fundo é isto que importa, as pessoas querem ter atenção das outras, se sentirem</span><span style="mso-spacerun: yes"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span"> </span></span></span><span class="Apple-style-span">importantes.</span></span></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;"><span class="Apple-style-span">Quando vovô morreu, eu pedi a sua bíblia para mim, me foi dada, ela tem a capa preta e de uma tradução é evangélica convencional e tem muitas folhas soltas e precisa de uma reforma. Pegar essa bíblia me fez chorar,</span><span style="mso-spacerun: yes"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span"> </span></span></span><span class="Apple-style-span">no fundo eu senti a dor dessa transferências dos símbolos do meu avô <img class="gl_align_left" alt="Alinhar à esquerda" src="http://www.blogger.com/img/blank.gif" border="0" />como o conheci e que agora já não existe mais, é doloroso o fim de um símbolo. Ele não </span><span class="Apple-style-span"><span style="mso-spacerun: yes"></span>é nada mais para mim que a Bíblia agora, esse amontoado de letras sagradas. </span><span class="Apple-style-span"><span style="mso-spacerun: yes"></span>Na verdade ele não é a bíblia física, ele é alma daquele livro, não pelo fato de ser a bíblia, mas, poderia ser qualquer outro livro. Ela se tornou uma testemunha dos nossos encontros, dos momentos intensos que passamos juntos, só nos dois. Nunca mais verei seu rosto maltratado pelo tempo e pelo câncer. Seu rosto agora é feito de letras, de canções, de promessas sagradas. Eu toco a capa como se tocasse seu rosto e gostaria de acariciá-lo, gostaria de niná-lo como a uma criança de quem eu pudesse cuidar. </span></span></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;"><span class="Apple-style-span">Eu olho pra ela e ainda posso ouvir a sua voz trêmula e as explicações espirituais</span><span style="mso-spacerun: yes"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span"> </span></span></span><span class="Apple-style-span">convictas que ele tentava me transmitir, lembranças são crianças brincado de se esconder atrás de uma árvore de vez em quando elas aparecem para nos dar sustos. Tento me lembrar dele de quanto morava na fazenda e ainda fazíamos rapadura e sinto o cheiro da garapa um suco de cana muito gostoso. Aquela</span><span style="mso-spacerun: yes"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span"> </span></span></span><span class="Apple-style-span">casa na fazenda faz parte tanto dos meus sonhos quanto dos meu pesadelos, é impressionante o contraditório.</span></span></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#330000;"><span class="Apple-style-span">Eu tenho uma certeza, eu vou sentir saudades, este sentimento</span><span style="mso-spacerun: yes"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span"> </span></span></span><span class="Apple-style-span">impossível de se traduzir, sinto que a terra cobriu</span><span style="mso-spacerun: yes"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span"> </span></span></span><span class="Apple-style-span">uma parte muito importante da minha história e eu, eu sou como tudo neste mundo, eu passo.</span></span></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify"></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-17214746664358200832008-09-16T19:42:00.000-07:002008-11-07T06:13:05.875-08:00Ausência Defintiva<div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">24 de maio. Festa Nacional do Milho. Aniversário da cidade.<br /></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">O bom da fenamilho é que reencontramos amigos e parentes que muitas das vezes moram longe...e que aparecem para prestigiar a festa.<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">A cidade alvoroçada recebe suas visitas com uma calorosa emoção, um tanto atípica se comparada com estação do momento...outono. Nesta região, no outono faz frio.<br /></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Mas aquele tempo frio e seco, deu uma pausa, e a noite ficou estrelada...como magia!<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">_ Oi querida! Saudades de você! Precisamos conversar, vamos sair, tenho tanto a te dizer...<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Em meio ao clima de festa, nos entregamos à música e às lembranças da adolescência.<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Na companhia de um litro de conhaque, sorrindo em tom alto, aquele momento parecia eterno para amigos que há muito não se viam.<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">“Se eu for parte de sua lenda você voltará um dia”.<br /></span></div></span></strong><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Um dia ele me disse. E ele sempre voltava... dizia não conseguir ficar longe e me mimava como se criança eu fosse.<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Naquela noite, mais uma vez senti que era amada silenciosamente... um amor trazido desde a adolescência, com um gosto de risos de crianças, de confissões contadas na varanda de casa, de sonhos perdidos no passado que foram preteridos por outros sonhos, nem tão ingênuos, mas dotados de mais maturidade e mais grandiosidade, esta grandiosidade que só a idade consegue traduzir, um tanto eivada de responsabilidade, mas também de um inefável carinho.<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">E eu também o amava, do meu jeito, como sendo meu primeiro amigo, como sendo aquele que me despertara o primeiro desejo de deixar a infância, mesmo brincando descalça na rua.<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">No fim da noite, me carregou no colo e disse que me amava.<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">..............................................................................<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Ausência Definitiva. Ou seria uma saudade contínua, que sempre permanecerá?<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">Hoje, pela primeira vez deparo-me com a morte, tão perto.<br /></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Aprendi que devemos aceitar a morte, por ser uma conseqüência natural da própria vida e como um descanso deste mundo às vezes tão cruel.<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Todavia, poderia ter restado mais...não ir tão cedo. É estranho, os bons morrem jovens!<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Não pude dizer adeus, mas, não quero, prefiro ‘até qualquer dia’.<br /></span></div></span></strong><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;"></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Prefiro lembrar-me de você e das nossas longas conversas, dos nossos sonhos e da fenamilho... que deixou de ser fria, pelo calor dos nossos sentimentos.<br /></span></span><br /></div></strong>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-65197996459684141832008-08-17T18:12:00.000-07:002008-11-08T12:22:16.179-08:00Ao Leitor<p class="MsoNormal" style="COLOR: rgb(153,0,0)"><span style="font-size:130%;"></span></p><div style="FONT-WEIGHT: bold; TEXT-ALIGN: justify"><span style="COLOR: rgb(153,0,0);font-size:130%;" ><span style="font-family:lucida grande;"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">No prefácio de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, em que Machado de Assis escreve o direcionando ao leitor, há uma referência à Stendhal que muito me marcou. Disse o Grande Bruxo, que Stendhal confessou quando da confecção de um de seus livros, que o havia escrito para não mais que cem leitores.<br /><br />Modestamente, Machado de Assis, ou melhor, Brás Cubas afirmou que não se admiraria que seu livro tivesse no máximo cinqüenta leitores... Depois, quedou-se a reduzir o número dos possíveis leitores das Memórias Póstumas gradativamente... até que titubeante declinou cinco leitores. Cinco (!!!).<br /><br />Ora! Forçoso seria relembrar que o livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, publicado em 1881, foi e é a obra mais destacada de Machado de Assis, este consagrado o maior escritor brasileiro de todos os tempos.<br /><br />Em verdade, depois de fazer tão ousada referência é imperioso esclarecer que o objetivo pretendido aqui nesta sutil página de internet não é esperar que leiam minhas divagações os cinco leitores do “Defunto Autor” e tampouco os cem de Stendhal...<br /><br />Aqui, caro leitor, encontrará apenas cacos... contas de vidro, nem sempre coloridas. Ou retalhos que juntos podem formar enfeites e até mesmo histórias engraçadas.<br />O que terá é o encontro despretensioso de amigos...<br />Amigos pensadores ou pensadores amigos? Amigos decerto. Apresentando cacos... juntando cacos... retalhos de vida, ora iguais, ora diferentes. Às vezes parecidos. Mas que juntos podem formar um vitral para que raios de sol por ele passe... </span></span></span></div><div style="FONT-WEIGHT: bold; TEXT-ALIGN: justify"><span style="COLOR: rgb(153,0,0);font-size:130%;" ></span> </div><div style="FONT-WEIGHT: bold; TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-size:130%;"><span style="COLOR: rgb(153,0,0)"><span style="font-family:georgia;color:#330000;">Para o mais, parafraseando novamente Brás Cubas, o que espero é “angariar as simpatias da opinião, e o melhor remédio é fugir de um prólogo explícito e longo ”.<br />Se nosso blog te agradar, “fino leitor, pago-me da tarefa; se não te agradar, pago-te com um piparote, e adeus.”.</span></span><span style="font-family:georgia;color:#330000;"> </span></span></div><p class="MsoNormal" style="COLOR: rgb(153,51,153)"><span style="font-size:100%;"><span style="font-size:14;"><?xml:namespace prefix = o /><o:p><br /></o:p><span style="font-size:0;"></span><span style="font-size:0;"></span><o:p></o:p></span></span></p>Éricahttp://www.blogger.com/profile/15626358757137287749noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8736950238102359721.post-46711734808308815992008-08-17T16:06:00.000-07:002008-11-07T06:15:40.333-08:00Entre Cacos e Vitrais<div style="FONT-WEIGHT: bold; COLOR: rgb(153,0,0)font-family:lucida grande;" align="justify" ><span style="font-family:georgia;font-size:130%;color:#330000;">Fragmentos são espécie de confissões sobre o todo, são pegadas que a plenitude deixa impregnada no mundo.<br /><br />Cada dia o homem se convence que olhando pequenos pedaços do universo é capaz de encontrar respostas sobre o cosmo todo. O DNA é um exemplo disso, reflete o poder que os retalhos da nossa carga genética pode determinar. Basta uma única célula de um indivíduo para saber qual será sua estatura, sua cor dos olhos, e talvez até sua preferência sexual e possíveis características da personalidade. É uma espécie de predestinação.<br /><br />Cacos de vida são exatamente isso, fragmentos de lembranças, uma colcha de retalhos com as nossas experiências: sonhos impossíveis, lágrimas tímidas que insistiram em cair, gargalhadas que acordam o prédio todo. Cacos de vida são fotografias das peripécias do acaso. Já um vitral é uma entidade sábia, afinal, ela deixa permite a passagem apenas daquilo que é capaz de iluminar, qualquer coisa que não seja raios de luz são incapazes de transpor suas convictas constituições físicas.<br /><br />Juntar num mesmo momento cacos e vitrais e construir um holograma quase vivos de sentimentos humanos, é materializar os amores que se esconderam em alguma gaveta da cômoda, ou ficar dias tentando alcançar um ideal que ficou preso no alto de uma árvore.<br /><br />Vitrais feitos de cacos fazem as luzes que transpassam se alternar em cores, e cor é tudo que faz as coisas serem diferentes, faz sua camiseta amarela ser nitidamente diferente da azul.<br /><br />É o que faz da vida mais bela a diversidade de luz.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0